domingo, 1 de novembro de 2009

O céu de todos os Invernos
Cobre em meu ser todo o Verão...
Vai p'r'as profundas dos infernos
E deixa em paz meu coração!

Por ti meu pensamento é triste,
Meu sentimento anda estrangeiro;
A tua ideia em mim insiste
Como uma falta de dinheiro.

Não posso dominar o meu sonho.
Não te posso obrigar a amar.
Que hei-de fazer? Fico tristonho.
Mas a tristeza há-de acabar.

Bem sei,bem sei... A dor de corno...
Mas não fui eu que lho chamei.
Amar-te causa-me transtorno.
Lá que transtorno é que não sei...

Ridículo? É claro. E todos?
Mas a consciência de o ser, fi-la bas-
tante clara deitando-a a todos
Em cinco quadras de oito sílabas.